sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Teoria mal compreendida.


Quando nos deparamos com o desafio de explicar eventos passados únicos e irreproduzíveis, como a origem da vida e a origem do ser humano, acabamos ultrapassando as fronteiras da metodologia científica e utilizamos inevitavelmente conhecimento suplementar de natureza não científica (o que não significa necessariamente conhecimento anticientífico).

O evolucionista utilizará conhecimentos oriundos do naturalismo metafísico (componente não científico do evolucionismo). E o criacionista verificará a possibilidade de se harmonizar o conhecimento científico com o conhecimento bíblico (componente não científico do criacionismo).

Dos entrevistados pela pesquisa Datafolha 25% acreditam que Deus criou os seres humanos exatamente como são hoje. São, portanto, fixistas. Ao contrário desses, criacionistas bem informados entendem que Deus dotou os seres vivos com a capacidade de variação, o que lhes permite sobreviver em ambientes diferenciados adquirindo adaptabilidade ao meio: a isso chamam de microevolução. Segundo o criacionismo, Deus criou os tipos básicos de seres vivos e eles sofreram modificações, dentro de limites preestabelecidos. Dizer que elas descendem de um mesmo ancestral unicelular comum é extrapolação.

As grandes questões para as quais parece não haver respostas satisfatórias são: qual a origem da informação complexa, aperiódica e específica? Qual a origem dos códigos zipados, encriptados, compartimentados e com uma lógica algorítmica que tem em seres inteligentes sua única causa? O criacionista, partindo da ideia de planejamento e propósito inteligentes na criação, consegue fornecer boas respostas para essas questões -mas, primeiro, precisa ser ouvido e compreendido.

MICHELSON BORGES
Especial para a Folha de São Paulo
www.folha.com.br

MICHELSON BORGES é jornalista e editor do blog www.criacionismo.com.br

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